A Taesa deverá participar do próximo leilão de transmissão que ocorrerá em junho deste ano de forma mais competitiva. Segundo o diretor de negócios da companhia, Fábio Antunes Fernandes, eles estão se preparando de uma forma muito cuidadosa para poder ter o desempenho dos anteriores. “Esse leilão terá estatísticas relativamente distintas dos anteriores por conta do tamanho dos lotes que são relativamente maiores e o mercado esta um pouco mais estressado. Entendemos que a competitividade deverá estar presente e com agentes e investidores de longo prazo do setor”, disse.
A companhia pretende apresentar bons projetos e que tragam uma remuneração adequada ao nível de risco percebido para cada um. Os executivos afirmaram durante teleconferência realizada nesta quinta-feira, 04 de maio, que estão preparando a questão dos fornecedores para trabalhar com parceiros de longa data. Segundo Fernandes, eles querem entrar no leilão certos de que o parceiro vai estar disponível para fazer e tocar o empreendimento. “A Taesa vai participar de uma forma competitiva e sempre observando os nossos pilares de crescimento sustentável, excelência operacional e disciplina financeira”, disse.
Quando questionado sobre a possível capitalização da Taesa, Andre Augusto Telles Moreira, diretor-presidente da companhia, afirmou que a companhia está totalmente focada em participar dos leilões e estudando alternativas de captação de recursos. “Buscamos e avaliamos constantemente todos as oportunidades e alternativas de financiamento e otimização da estrutura de capital e obviamente visando o nosso planejamento estratégico, nosso plano de crescimento”, disse.
O executivo ainda declarou que não há nenhuma decisão formal de qualquer oferta de ações, outros valores mobiliários ou via distribuição em mercado de capitais. “Sendo bem objetivo não tem nada decidido, nada em vista neste momento para aumento de capital da companhia. Vamos continuar estudando profundamente as oportunidades de crescimento seja via leilões, M&M ou brownfield”, explicou.
Dividendos
Recentemente, os acionistas da companhia aprovaram a proposta da administração quanto à destinação dos resultados do exercício social de 2022, conforme noticiamos. O montante total de dividendos e juros sobre capital próprio aprovado sobre o resultado do exercício de 2022 foi de R$ 1 bilhão, dos quais cerca de R$ 353 milhões foram pagos em 2022 a título de dividendos intercalares; R$ 404 foram pagos em 2022 a título de juros sobre capital próprio, R$ 460 milhões foram pagos em janeiro de 2023 a título de dividendos intercalares e R$ 26 milhões a título de dividendos mínimos obrigatórios remanescentes que serão pagos até o 31 de dezembro de 2023.
Com relação aos dividendos, o diretor financeiro da Taesa, Leonardo Bonorino Gonçalves, explicou que a companhia já pagou nos últimos três anos cerca de R$ 5 bilhões. “Esse resultado é importante porque a companhia está sempre de olho no nosso tripé que é crescimento, alavancagem e pagamento de dividendos. Nós sempre estamos observando não só o passado, mas olhando para frente para manter o equilíbrio desse tripé”, disse.
Ele ainda lembrou que pelo estatuto da companhia deveriam pagar minimamente 50% do lucro líquido societário e destacou que a Taesa está sempre observando os pagamentos de dividendos, as oportunidades de crescimento através M&M ou leilão para a alavancagem da companhia.
Segundo ele, a alavancagem de hoje é fruto dos investimentos que realizaram nos últimos anos. “Os empreendimentos que entraram em operação e o aumento do Ebit e do lucro líquido regulatório é o que gera o caixa para a companhia em acima de 40%. Essa alavancagem em função desses investimentos é natural. Nós estamos investindo em novos projetos para manter esse pagamento e esse fluxo constante de investimentos. Com isso, vamos continuar o pagamento dividendos e vamos tentar equilibrar tudo isso”, finalizou.